O DOM DE LÍNGUAS
Resposta à pergunta de nosso ouvinte do programa A
voz do Evangelho em Paranavaí Raimundo feita dia 14/03/99.
Dias da resposta 21/03/1999
Pergunta: “Existe em nossos dias o
Dom de línguas ou não ?”
Prezado consulente Raimundo e demais ouvintes,
OBSERVAÇÃO: Ao responder esta pergunta
de nosso ouvinte Raimundo, não temos nenhum propósito de ofender alguém que pertença
a algum grupo que ensina haver o dom de línguas hoje, mas, nem por isso vamos
omitir a verdade sobre o assunto.
PEDIDO: Antes que alguém de nossos
ouvintes, venha repudiar o ensino, e as vezes até criticar-nos, será muito bom
ouvir com toda atenção até ao fim do estudo, para então não concluir alguma
coisa precipitadamente. E mais, se qualquer pessoa desejar uma conversa particular
sobre o assunto, nos colocamos a inteira disposição.
I – INTRODUÇÃO: Quando perguntamos a certas pessoas de diversos seguimentos
pentecostais, sobre a veracidade ou não do Dom de línguas em nosso tempo, é
muito comum responderem que sim. Normalmente colocamos outra pergunta: O que
existe hoje sobre o referido dom de línguas, é bíblico?, respondem que sim.
Outra pergunta: Quais são as provas?, quase que há uma unanimidade na resposta:
“É minha experiência pessoal, quando falo
em línguas estranhas me sinto mais leve, como se eu tivesse voando...” etc.
Então outra pergunta: Você e os que te ouvem sabem o que você está falando?,
normalmente a resposta é “não”, ou
alguns “talvez”. Perguntamos: quando
você fala em línguas há intérpretes? a resposta quase sempre é “não” ou, “há com certa raridade”. Perguntamos: E as mulheres falam também?,
“oh ! sim são elas que falam mais”.
Bem, por estas respostas, e com o conhecimento bíblico que temos sobre o
assunto, podemos afirmar que O DOM DE LÍNGUAS EXISTENTE hoje não é o Dom bíblico
do principio da igreja primitiva.
II – NATURALMENTE OS DONS ESPIRITUAIS SE AGRUPAM EM TRÊS PARTES:
1 –
DONS FUNDAMENTAIS,
2 –
DONS TEMPORAIS DADOS COMO SINAL,
3 –
DONS PERMANENTES,
Nesta oportunidade vamos
estar tratando os dois primeiros grupos:
1 – DONS FUNDAMENTAIS: Estes serviram para o
lançamento dos alicerces __
Os apóstolos e profetas foram usados no lançamento dos alicerces da igreja,
porque eles falavam a mensagem diretamente da parte de Deus:
APÓSTOLOS:
1º) As credenciais de um
apóstolo: At. 1. 21-22. Hoje não há homens com estas credenciais.
2º) Paulo possuía as
credenciais de apóstolo __ Gl. 1.11-12; 1ª Co. 9. 1-2; 15. 7-9
3º) 1ª Co. 3. 10-11 Paulo
como apóstolo, diz ter lançado o fundamento, na qual a igreja está sendo edificada,
e exorta:
a) “Porém cada um veja como
edifica” __ porque ninguém tem o direito de mudar as doutrinas deixadas
pelos apóstolos, para a igreja,
b) “Ninguém pode lançar
outro fundamento além do que foi posto” __ Esse é Jesus Cristo, que
foi morto, sepultado e ressuscitado ao terceiro dia.
4º) At. 2. 42 A igreja primitiva continuava
perseverante na doutrina dos apóstolos. Ela não desviou do ensino e nem da base
fundamental lançada pelos apóstolos.
PROFETAS:
1– É necessário que
lembremos, que naquele tempo não existia as Escrituras do NT, sendo que era necessário
profetas que falassem a mensagem
diretamente da parte de Deus. Em cada parte no NT que hoje lemos, naqueles dias
eram algo novo, portanto cada ensino era profecia. A partir de que as
Escrituras do NT foram completadas, deixou de ser necessário o dom de profeta. Hoje os profetas e profecias existentes são falsos, porque está escrito: “Se alguém fala, fale de acordo com os
oráculos de Deus” (1ª Pe. 4.11a); isto significa, que hoje devemos falar
segundo o que Deus já nos tem revelado em Sua santa Palavra. Revelações extra -
Bíblia, são falsas.
2 – Alguns dos servos de
Deus eram apóstolos e profetas, e outros só profetas: Exemplos: Pedro, João e
Paulo foram apóstolos e profetas; Ágabo, Judas e Silas foram somente profetas -
At. 11.27-28; 13. 1; 15. 32
3 – O ministério dos
profetas não era somente o de predição do futuro, mas o de: edificar, exortar e
consolar __ 1ª Co. 14. 3; At. 15. 32
4 – Temos que ter em mente,
que tudo era dito por profecia. Um irmão quando ia falar ou escrever, era tudo
por revelação, pois ainda não tinha o Novo Testamento escrito.
5 – Hoje os pregadores ocupam o lugar dos
profetas, edificando, exortando, consolando, falando as revelações de Deus como esta escrito em 1ª Pe. 4.11a “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” isto significa, que hoje devemos falar
segundo o que Deus já nos tem revelado na Bíblia. O que passar disso é falso.
1º) A igreja está sendo
edificada no fundamento lançado pelos apóstolos e profetas __ (Ef.
2.20)
2º) Estes dons ficaram no passado, portanto, não
existem mais hoje.
2 – DONS TEMPORAIS DADOS COMO SINAL:
Estas manifestações
miraculosas vieram com propósito definido, inconfundível somente para
determinado tempo. Trataremos dos dons mais divulgados hoje em dia, no
propósito de que o povo de Deus aprenda a VERDADE, e percebam o quanto os
grupos pentecostais estão distantes.
O DOM DE LÍNGUAS
I – INTRODUÇÃO: Dentre os dons prometidos
como sinal em Mc. 16. 17-20, está o dom de línguas. Muitos querem dizer, que
nós (os não pentecostais) estamos proibindo as pessoas de exercitarem este dom,
porém isto não é verdade, pois não proibimos, e nem há necessidade disso, haja
visto que o mesmo não está em evidência em nossos dias!! As línguas que dizem falar hoje como
estranhas, são “estranhas”, pois não são de origem bíblica, como podemos
perceber no estudo à seguir:
II – O DOM DE LÍNGUAS ACOMPANHOU A UNIFICAÇÃO DA IGREJA. Foi uma obra do ESPÍRITO
SANTO, com certeza em três ocasiões especificas (em Jerusalém, Cesaréia e
Éfeso), e talvez em Samaria, sendo que em cada caso houve a necessidade, cumprindo
assim a promessa feita pelo Senhor Jesus em Mc. 16.17-20:
1 – At. 2.5 Somente os
judeus falaram línguas estrangeiras __ o motivo foi que os
participantes da festa de pentecostes, eram judeus estrangeiros que se faziam
presentes no dia de pentecostes. Havendo mais de 14 representação de línguas,
de diferentes nações e dialetos, e todos ouviram falar em sua própria língua
materna (vv. 7-8, 11b).
2 – At. 8. 12-17 É provável
que também em Samaria foi manifestado o dom de línguas. Se caso isso aconteceu,
foi porque os samaritanos eram rejeitados pelos judeus, sendo assim é provável
que se os samaritanos não tivessem também falado em línguas, os crentes judeus,
não iam recebê-los como irmãos. Os exemplos a seguir ajudam:
3 – At. 10.28-29, 44-46
Agora foi a vez dos gentios falarem em línguas, as quais não foram diferentes ___
o motivo ___ foi por causa dos judeus que haviam acompanhado a Pedro
(At. 10.23, 45, 11.12), para que mais tarde eles depusessem o ocorrido perante
os outros judeus que não recebiam os gentios e pudessem testemunhar que os
gentios também receberam o Espírito Santo e fossem convencidos. (At. 11. 15,
17, 18).
4 – At. 19.1-9 Em Éfeso,
alguns dos que haviam sido discípulos de João Batista, e faziam parte da dispensação
anterior, também falaram em línguas __ o motivo foi o mesmo, o de
haver ali judeus que necessitavam do recebimento daquelas mensagens. Também que
jamais alguém viesse a desmerecer os discípulos de João, dizendo que aqueles
não podiam pertencer à igreja, porque foram discípulos de João e não do Senhor
Jesus, como fizeram alguns. ( Jo. 1.35-37, 40).
III – O DOM DE LÍNGUAS FALADO NA BÍBLIA:
O DOM DE LÍNGUAS BÍBLICO (Atos 2.1-13):
São línguas (idiomas
estrangeiros), e não extáticas:
O lugar mencionado no
versículo 1, onde a igreja estava reunida, refere-se ao cenáculo, conforme
lemos no versículo 13 do capítulo 1. Descobrimos no versículo 2 que enquanto
eles estavam reunidos ali, veio um som como de um vento forte, mas não era
vento e sim como de um vento.
Logo em seguida àquele som,
no versículo 3, é registrado que eles viram línguas repartidas “como de fogo”, não eram de fogo e sim “como de fogo”. Elas repousaram sobre
cada um deles, sendo que ali todos foram batizados em um só Espírito e isto
aconteceu somente aquela vez e nunca mais. Em conseqüência deste acontecimento,
todos os crentes ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia. Isto está notável no versículo
4. Tratava de algo totalmente do Espírito Santo e não algo da carne, como,
sentimentos, êxtase etc., como é normal nos dias de hoje. Eles de fato falaram
em outras línguas e nunca duvidamos. Está claro no versículo 5 que se fazia
presentes naquele lugar, judeus religiosos de todas as nações debaixo dos céus.
É necessário notar neste versículo duas coisas importantes:
1º) Eram judeus de origem;
2º) Estrangeiros de
nascimento.
No vs. 6 está escrito: “... e correndo aquela voz...” Aqui se
trata do som do versículo 2 e não que os crentes estivessem fazendo barulho,
como alguns hoje querem afirmar. Os judeus estrangeiros que estavam ali, por
ocasião da festa de pentecostes, correram para o lugar aonde o som se deteve e ficaram
em confusão, a razão foi porque cada um deles ouvia os crentes falando em suas
próprias línguas, a do país aonde nasceram, veja o versículo 8. Se no versículo
6 a multidão ficou em confusão, porque
os ouvia falar em suas línguas estrangeiras, ainda mais pasmados ficaram quando
verificaram que se tratava de Galileus; é claro que eles não eram conhecedores daqueles idiomas, logo
se tratava de um milagre. No versículo 7 e 8 exclamaram: “Como pois os ouvimos cada um na nossa própria língua em que somos
nascidos ?” Não dá para entender
como pessoas torcem escrituras tão claras como estas.
Os versículos 5 a 8 mostram
com muita clareza que se trata de idiomas e não palavras inteligíveis. Não são
somente estes, mas os versículos 9, 10 e 11 também evidenciam que se trata de
idiomas e não como querem os pentecostais. Vejamos a seguir:
Nos versículos 9 a 11, mais de 14 representação de línguas, de
diferentes nações e dialetos estavam ali presentes e ouviram os crentes falando
cada um na sua própria língua. Note: medos, elamitas, Mesopotâmia,
Judéia, Capadócia, ponto, Ásia, Frigia, Panfília,
Egito, Líbia, Romanos, cretenses e árabes.
Esse sim é o verdadeiro dom de línguas, pois terminando o versículo 11 eles
testemunharam outra vez: “...todos temos
ouvido em nossas próprias línguas, falar das grandezas de Deus”. No
versículo 12 novamente é falado que os judeus estrangeiros ficaram maravilhados
em estarem presenciando aquelas mensagens e muitos compreenderam que aquele
acontecimento tinha algum significado profético para eles, principalmente o
versículo 13. Enquanto que para outros serviu de zombaria.
Então examinando estas
línguas não é preciso muito esforço para entendermos que o que falam hoje, nas
denominações pentecostais, não é o dom de línguas segundo o principio da bíblia
sagrada.
Como acabamos de ver que em
Atos 2, havia mais de 14 representação lingüistica, entre nações e dialetos, e
todos ouviram falar em sua própria língua materna (vv. 7-8, 11b), não se tratava
de alguma coisa parecida com uma língua, mas eram línguas idiomáticas que os
Galileus falaram. Agora vamos confirmar esta mesma verdade estudando, 1ª Coríntios 14:
1º) 1ª Co. 14.2 Este versículo que causa tanta
confusão para muitos, é um dos muitos que deixa claro que se trata de idiomas
às línguas que eram faladas: Aqui Paulo destaca que alguém falando em língua
estrangeira não é entendido pelos ouvintes cabendo somente a Deus. “Deus o entende”. Não é difícil de
entendermos de que se trata, não do conteúdo da mensagem que ele está transmitindo,
mas, o meio usado, compare At. 2.7-8. Não diz, portanto, que ninguém entende o
que ele está falando, porém, que ninguém o
entende. E falava de mistérios, isto é de coisas que ainda estavam sendo reveladas.
2º) Em 1ª Co. 14. 7-9 Nestes versículos, nos é
confirmado serem (idiomas estrangeiros), e não línguas extáticas, através de
exemplos, como segue:
a) v. 7 Aqui, Paulo, para
mostrar que as línguas eram idiomas, faz comparações usando o exemplo de
pessoas tocando instrumentos musicais: Por exemplo os tocadores da flauta e da
cítara deveriam tocar de maneira bem distinta, para não haver confusão e tornar
conhecido quem toca na flauta e quem toca na cítara.
b) v. 8 Outro exemplo que o
apóstolo usa é o da trombeta. Todo homem que foi soldado ou ainda é, sabe que existem
vários toques diferentes para diversas atividades, inclusive um para sair à
batalha, e Paulo está dizendo que se a trombeta der som incerto quem se
preparará para a batalha ? É evidente que ninguém, pois sendo som incerto
não se entende.
c) No v. 9 temos a conclusão
destas ilustrações: “Assim vós, se, com a
língua, não disserdes palavra compreensível = INTELIGÍVEL, como entenderá o que
dizeis?” Nas reuniões da igreja nossas palavras, tem que ser para TODOS
entenderem, e somente assim a igreja será edificada e terá o crescimento espiritual
desejado. Caso não seja assim, Paulo conclui: “porque estareis como se falásseis ao ar”. Tudo seria sem proveito nenhum”.
Irmãos, isso não é brincadeira, é algo muito sério !
3º) Outro argumento que
Paulo usa para que ninguém fique com dúvidas que as línguas faladas eram
idiomas estrangeiros, está em 1ª Co. 14.10-11, concordando plenamente com Atos
2. 5-11:
a) v. 10 Há vozes diferentes
no mundo: São vozes diferentes que estão no mundo __ Estas fazem
parte da diferenciação feita por Deus (Gn. 11. 7-9). Nenhuma delas é sem
sentido.
b) v. 11 Para ilustrar esta verdade, Paulo se
coloca frente a um desconhecido estrangeiro: O que ambos perceberá? “serei estrangeiro para aquele que fala; e
ele, estrangeiro para mim”. Em hipótese alguma, Paulo e o estrangeiro,
falavam coisas sem sentido algum, como são hoje apresentados entre os diversos
grupos pentecostais, inclusive no catolicismo.
c) Conclusão
deste ponto: As línguas que foram faladas no livro dos Atos, e as mostradas
doutrinariamente em 1ª Coríntios 14, eram idiomas estrangeiros, e não línguas
extáticas.
IV – O CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS:
1 – O USO DO DOM DE LÍNGUAS:
1º) SEU VALOR:
a) 1ª Co. 12. 28 Foi
colocado em último lugar na lista, o
que a igreja em Corinto estava pondo em primeiro
lugar e acima de todos os demais dons, como se faz em nossos dias.
b) 1ª Co. 14. 1-6 Entre
profetizar (= anunciar a palavra) e o falar em outras línguas; Paulo exorta a
profetizar nos vv.: 1, 3, 4, 5, 39 (profetizar é transmitir a palavra de Deus
com sabedoria, discernimento e poder do
Espírito Santo.
c) 1ª Co. 14. 18-19 A grande
proporção de palavras 5 p/ 10.000. Quem é que aqui na terra falava mais línguas
que o apóstolo Paulo? Entre os da igreja em Corinto não havia ninguém (v. 18),
mas é muito importante que ele não esbanjava esse dom, como os da igreja em
Corinto estavam fazendo; foi até preciso
escrever sobre o assunto, para colocar as coisas em ordem.
Examinando o versículo 19,
com cuidado, podemos ver uma análise feita não do lado “carnal” mas do lado espiritual
e a conclusão é: 5 (cinco) palavras na língua que TODOS entendem e traz
edificação, tem mais valor do que 10.000 (dez mil) palavras em uma língua
desconhecida (estrangeira) que na verdade não trariam benefícios espirituais
para a igreja.
2 – COM QUE FIM O DOM DE
LÍNGUAS FOI DADO:
a) 1ª Co.14.12 Qualquer dom,
deve ser usado para a edificação da igreja. Pergunto: Que edificação trás à
igreja o movimento de línguas existentes nestes dias finais?
b) 1ª Co. 14. 20-22 A
verdadeira razão do dom de línguas constituía em um sinal para os judeus descrentes
(1ª Co. 14.21-22 c/ At. 10.23b, 45-46, 11.12. Em cumprimento de Isaías
28.11-12).
c) Como seria bom se o povo
crente hoje compreendesse esta verdade! Seria evitado muito transtorno espiritual.
Como também é ótimo termos, nesse capítulo, varias exortações dadas pelo
Espírito Santo através de Paulo.
V – A ORDEM QUANTO AO USO DOS DONS, ESPECIFICAMENTE
O DE LÍNGUAS (1ª Co. 14. 26-35):
1 – V. 26a
havia um exercício pleno e ativo de todos os crentes: note as expressões: “um tem salmo”, “outro doutrina”, “este traz
revelação”, “aquele outra língua”, “e ainda outro interpretação”
2 – V. 26b Cada um tendo em
vista a edificação da igreja: “Seja tudo
feito para a edificação”
3 – Vv. 27-28 Caso alguém sentisse de falar em
outra língua, tinha ordens a observar, como se segue:
1º) v. 27 O falar em outros
idiomas nas reuniões da igreja, era algo não muito comum, nota-se isto pela
seguinte expressão: “no caso de alguém falar em outra língua...” Percebemos
que, não era algo que deveria ser comum nas reuniões da igreja, Mas caso
houvesse;
2º) v. 27 “que não
sejam mais do que dois, ou quando muito três...” A
quantidade de pessoas que poderiam fazer uso deste dom na reunião da igreja,
era bem limitado;
3º) v. 27 “...e
isto sucessivamente” Isto é, não
era permissível dois ou os três falarem ao mesmo tempo, porque seria anarquia,
e Deus não é de confusão (v. 33), e exige a decência e a ordem (v. 40)
4º) v. 27 “e
haja quem interprete” Isto é obvio, para a edificação dos demais .
Quando alguém falasse em outra língua, era expressamente necessário haver
intérprete, que poderia ser o próprio que estivesse falando, V. 13, Um que
falava em outra língua, podia também orar para que a pudesse interpretar para a
edificação de toda a igreja reunida.
5º) V. 28 “fique
calado na igreja” Caso não tivesse intérprete, tal pessoa devia ficar
calado na igreja falando consigo mesmo e com Deus, sem prejudicar a congregação
reunida.
(V. 29-32 Nestes versículos trata de modo
especial sobre o Dom de profecia, e não vamos entrar hoje nesta área).
6º) Vv. 33b e 34 “Conservem
–se as mulheres caladas nas igrejas” Como era em todas as igrejas dos
santos, as mulheres deviam permanecer caladas, porque não lhes permitido falar,
mas estivessem submissas como a lei(da submissão) determinava, comparemos:
QUANDO MOÇA EM CASA DE SEU
PAI:
(1) Números 30.3-5 A lei exigia que a mulher (moça) na casa de seu pai estivesse totalmente submissa
a ele.
(2) Números 30.6-8 Quando ela se casasse, a lei exigia
que ela fosse totalmente submissa ao marido.
DEPOIS DE CASADA:
(1) A mulher, também era submissa com respeito ao
sacerdócio levitico, será muito fácil notar que somente foi distribuído cargos
aos homens e não às mulheres. O que Deus quer e exige é que ainda hoje as
mulheres estejam submissas nas reuniões da igreja, e cabe a nós, simplesmente
nos curvar perante Sua soberana vontade.
SE ELA COMO MEMBRO DA IGREJA
TIVER DÚVIDAS NUMA REUNIÃO:
V. 35 Paulo recomenda as
mulheres, caso tenham alguma dúvida, a perguntarem em casa ao seus maridos,
evidentemente sejam casadas, do contrário a o Novo Testamento fala dos anciãos
da igreja que tem o dever de ajudar a todos. (1ª Tm. 3. 2; Tt. 1.9).
VI – 1ª Co. 13. 8-13 PROFECIA QUANTO A CESSAÇÃO DOS
DONS DADOS COMO SINAIS, ESPECIFICAMENTE O DOM DE LÍNGUAS:
1- Sobre o assunto dos dons
dados como sinais, uma das coisas mais empolgante é quando se diz respeito a
sua cessação. Muitos por não entenderem, ou não darem crédito a esta profecia,
ficam hoje teimando com uma coisa que na realidade já cessou desde o primeiro
século da igreja.
1º) v. 8 O que não cessará e o que cessará:
a) O amor nunca cessará, indo, para a
eternidade. Deus é amor, e com toda certeza o amor fará parte na eternidade.
b) profecias,
desapareceriam. Profecias com manifestação oral, deixaram de existir após a
completa revelação Divina das sagradas Escrituras, que consequentemente levou a
igreja ao amadurecimento espiritual, ou seja uma posição adulta.
c) línguas,
cessariam. Considerado 1ª Co. 12.10 e 14. 21-22 o dom se fazia necessário
para despertar os judeus infiéis e incrédulos, contudo, o milagre deste sinal
não levou os judeus, como nação, ao arrependimento e fé, por isso não se faz
necessário hoje a manifestação deste dom.
d) ciência, passaria.
Conhecimento de coisas sobrenaturais, deixou se ser necessário juntamente com
as profecias, ao ser completada o Cânon Bíblico. No versículo 8, consideramos a
profecia quanto a cessação dos dons de profecias, de línguas e de
ciência = conhecimento de coisas sobrenaturais. A seguir, o apostolo dá
os motivos da cessação destes dons.
2º) Poderia então se perguntar: quando cessariam? Vamos achar a
resposta estudando os vv. 9-13, onde o apostolo Paulo usa de algumas figuras:
a) v. 9 Em parte era
já conhecido e em parte era profecia.
Se faz necessário lembrar que naquele tempo da igreja primitiva não existia as
Escrituras do Novo Testamento, sendo que era necessário profetas que falassem a
mensagem diretamente da parte de Deus. Em cada parte no Novo Testamento que
hoje está em nossas mãos, naqueles dias eram novas, portanto, cada ensino
era profecia. Mas já estava também profetizado “havendo profecias, desaparecerão“. E a partir de que as Escrituras
do Novo Testamento foram completadas, deixou de ser necessário o dom de
profeta. Nesse tempo de hoje, está surgindo (assustadoramente) novos profetas e
profecias, os quais são falsos, porque está escrito: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” (1ª Pe.
4.11a); isto significa, que hoje, devemos falar segundo o que Deus já nos
tem revelado em Sua Santa Palavra. Revelações extra - Bíblia, são falsas.
b) No v. 10, Paulo fala do
que é perfeito, ou seja daquele que é completo e que havia de, não se referindo
ao Senhor Jesus, mas sim ao Cânon
bíblico, a palavra de Deus escrita do Novo Testamento. (1ª Pe. 4.11)
c) v. 11 Exemplo de
maturidade - Quando um ser é criança, necessita de cuidados relativo a sua
idade deixando de receber o mesmo tratamento após seu crescimento. É exatamente
isto que aconteceu com a igreja. No seu principio a igreja precisava das
manifestações de profecias, de línguas e de ciência = (conhecimento de coisas
sobrenaturais), mas após seus primeiros anos, chegou à maturidade, e deixou das
necessidades relativas a seu inicio, lançando mão de toda a revelação Divina,
pelas Escrituras do Novo Testamento. Repetimos: Revelações extra - Bíblia, são
falsas.
d) v. 12 Plenitude de
conhecimento - Quando há falta de conhecimento, prevalece a ignorância, mas a
partir de que há a luz do conhecimento, a ignorância deixa de existir. Assim a
igreja primitiva tinha seus profetas, pois era necessário, haja visto que não
havia outra fonte de revelação. Todo ensino dado era por profecia, e estas
estavam sendo escritas até que chegou o ponto determinado por Deus, ou seja, A
PLENITUDE DE CONHECIMENTO.
e) v. 13 Três elementos:
(1) fé – terá seu fim na vinda
do Senhor Jesus para o arrebatamento,
(2) esperança – igualmente findará em Sua vinda,
(3) Amor – continuará na eternidade.
f) Destes três, os que permanecerão até a vinda
do Senhor são: a fé e a esperança.
3º) Outra prova evidente que
não mais existiam os dons
miraculosos, se acha nos seguintes fatos:
a) Em 1ª Tm. 5. 23, Paulo
não curou Timóteo, mas lhe recomendou que tomasse um pouco de vinho como remédio
por causa de suas freqüentes enfermidades.
b) Em 2ª Tm. 4.20, novamente
encontramos um amigo e irmão em Cristo que estava doente, o qual era muito
querido de Paulo; este simplesmente diz: “...
e deixei Trófimo doente em Mileto”. Qual seria a razão? certamente Paulo não
se tornara agora um homem carnal, que perdeu seu dom, mas simplesmente, porque
aqueles dons, dados como sinais, já não estavam mais em vigor, o Senhor os deu
como sinal do seu poder, mas somente para um certo tempo.
4º) Conclusão deste ponto: Os assuntos que estamos terminando de
considerar, por um lado é de fácil compreensão, e por outro se torna difícil,
por que?, veja: Se você esquecesse a confusão pentecostal e olhasse só para a
Bíblia, compreenderia facilmente, mas se der ouvidos à falsos ensinadores, é
quase impossível chegar ao pleno conhecimento da verdade, porque eles torcem a
palavra para adaptarem-na segundo suas próprias vontades e paixões. (2ª Pe. 3.
15-16).
VII – CONCLUSÃO, RESUMO:
CONCLUSÃO: Com base Bíblica podemos afirmar que o verdadeiro dom de línguas já
cessou no primeiro século da existência da igreja, e que o movimento de línguas
do século XXI não está aprovado pelas escrituras sagradas, caso não fosse
assim, seguiriam a seguinte regra bíblica:
1º) As línguas faladas
seriam idiomas e não extáticas como
se vê hoje (Atos 2.4-12; 1ª Co.14.10-11).
2º) Seriam proporcionalmente assim distribuídas:
Numa reunião seriam melhor 05 (cinco) palavras em português para a edificação
da maioria, do que 10.000 (dez mil) palavras em uma língua estrangeira para a
edificação de uns poucos. (1ª Co. 14. 18-19).
3º) Teria de haver judeus infiéis (incrédulos) na reunião
da igreja conforme 1ª Coríntios 14. 21-22; cumpriria assim, a profecia de Isaías
28. 11-12.
4º) Não seria algo muito comum falar em outros idiomas nas reuniões da
igreja: “no caso de alguém falar
em outra língua...” 1ª Co. 14. 27b
5º) Somente dois ou no máximo três falariam numa
reunião da igreja (1ª Co. 14. 27c).
6º) Era expressamente necessário haver intérprete, conforme
1ª Co. 14. 27b-28.
7º) As mulheres ficariam caladas, porque não lhes é permitido falar nas
reuniões da igreja. (1ª Co. 14. 34-35; 1ª Tm. 2. 11-12).
Em caso de dúvida, dirija-se
a:
Severo Miguel de Oliveira
Caixa Postal 605
Paranavaí - Pr.
87701-970
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